Quando se mudaram há 14 anos para este pequeno apartamento (30 metros quadrados!) no East Village em Nova York, Ann Stephenson e Lori Scacco fizeram o que acreditavam ser obrigatório na decoração de espaços pequenos: compraram armários modernos, com linhas retas e acabamentos lisos, que escondessem todos os seus pertences de uma maneira eficiente, e complementaram com móveis também pequenos e apropriados e poucos elementos decorativos. Até que perceberam que tinham cometido um grande erro, as regras de decoração para um espaço pequeno não eram para elas, a casa não tinha vida, não parecia pertencer a elas.
Foi quando decidiram parar de seguir as regras de uma decoração eficiente para espaços pequenos e voltaram ao zero, trouxeram peças de uma fazenda que possuíam no interior, mesas dos avós, tapetes antigos, obras de arte adquiridas ao longo do tempo, todos os seus preciosos livros e objetos. E a quebra de regras funcionou. Hoje elas vivem neste ambiente acolhedor, personalizado, estão cercadas por objetos com os quais têm fortes ligações afetivas e que contam a história de vida delas.
Por várias vezes tivemos a opção de nos mudarmos para um lugar maior, mas sentimos uma profunda conexão com este espaço. Eu gosto como um espaço pequeno funciona como um regulador do desperdício e do excesso, mantendo sempre tudo numa perspectiva palpável. Isso te força a ser responsável com o que você traz pra sua casa e a constantemente renovar e repensar esse relacionamento. Nós gostamos muito de viver desta forma. – Ann Stephenson
Ann e Lori pertencem a um grupo cada vez maior de pessoas, que estão sempre avaliando e reavaliando suas vidas e se desapegando do que não mais faz parte do seu atual estilo de vida, ou do estilo de vida que querem ter, e dando ou vendendo seus móveis, objetos, roupas para quem poderá melhor aproveitar e dar-lhes vida nova. Eu já fiz isso por três vezes ao longo da minha vida, uma dessas vezes agora, e posso dizer por experiência própria: o desapego é difícil, muito difícil, mas o resultado é compensador.
Para conhecer um pouco mais da história de Ann e Lori, leia a reportagem completa na revista Lonny.