Fundado pela nova-iorquina Lyn Slater em 2014, o blog Accidental Icon (Ícone Acidental) é voltado para mulheres maduras e com um estilo bastante urbano. Enquanto a moda para mulheres acima dos 50 é muitas vezes retratado de uma maneira muito comportadinha, o blog de Lyn rejeita os estereótipos associados ao envelhecimento e incentiva suas leitoras a abraçarem esse seu momento de vida.
E Lyn não é bem o que se espera de uma fashionista e ícone da moda. Ela é doutora em Serviço Social, ex-diretora do Projeto Contra Abuso Sexual Infantil da ONG Lawyers for Children e uma especialista em abuso infantil designada pelos Tribunais de Família da Cidade de Nova York. Além disso, ela foi fundadora dos primeiros centros de defesa da criança da cidade e desenvolveu um manual para juízes dos tribunais de família. Na Faculdade de Direito da Universidade de Fordham ela ajudou a desenvolver o Centro Interdisciplinar de Família e de Defesa da Criança e atualmente leciona bem-estar infantil no curso de Serviço Social.
Durante sua carreira de quatro décadas, a moda sempre foi mais um hobby, ela se vestia para dar palestras e chegou até a fazer alguns cursos mas, ao se aproximar dos 60 anos, a moda tornou-se um meio de enfrentar o processo de envelhecimento.
“Eu passei a me arrumar mais como uma forma de neutralizar a invisibilidade que vem com a idade. Como eu comecei a assumir mais riscos, as roupas, de fato, me tornaram mais visível e as pessoas começaram a dizer: ‘Você deveria começar um blog”. -Lyn Slater
Com hoje mais de 200 mil seguidores no Instagram, o público alvo do blog de Lyn são pessoas que, como ela, têm vidas interessantes, mas comuns, não são celebridades, mas são inteligentes, antenadas, engajadas, gostam de moda e que, principalmente, se sentem confortáveis na própria pele.
Como o Accidental Icon, os blogs e publicações que promovem a auto-expressão, beleza e a moda para mulheres acima dos 50 estão em ascensão e estão provando que envelhecer é agora sinônimo de criatividade e de autonomia e liberdade para fazer suas próprias escolhas.
Fonte: Fordham News
E você? Já pensou em como pode ser sua vida aos 70, 80 anos?