Elba e Paula e a LA ROCHEL Cerâmicas e Mosaicos

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Paula é minha vizinha, uma amiga querida e uma artista talentosa. Junto com a mãe, Elba, elas estão à frente do La Rochel Cerâmicas e Mosaicos, ateliê em Aldeia da Serra, São Paulo, que trabalha com uma técnica de mosaico chamada Picassiette.




De origem francesa, a técnica utiliza cacos de louças, mas também azulejos, cerâmica e outros objetos como matéria prima. 

A primeira vez que vi um trabalho delas fiquei encantada com a combinação de cores, relevos, texturas e com o talento de Elba e Paula para transformar cacos, que iriam para o lixo, em belíssimos mosaicos.

A técnica de mosaico Picassiette é relativamente simples. Usando uma ferramenta apropriada, quebra-se à mão, uma a uma, as louças e os outros materiais, dispõe-se as peças sobre um desenho feito antecipadamente em uma superfície e finaliza-se colando todas as peças com rejunte de cimento. 

É como montar um quebra-cabeça.

Mas o que torna uma colagem de diferentes louças quebradas em um trabalho artístico, único e belo, é o talento das artistas. É saber combinar as cores, os formatos, os materiais. É ter uma visão fresca e atual.



É ter ousadia para pensar, criar e dar forma ao seu trabalho utilizando técnicas, ferramentas e materiais tradicionais.

Esse talento, Paula e Elba chamam de intuição.

Porém, quando a gente conversa com elas e ouve suas histórias, a conclusão a que chegamos é que a tal “intuição” vem de trabalho duro, muita pesquisa, estudo, busca de referências, erros, acertos e também da forma como mãe e filha trabalham. 

Em suas “outras vidas” Paula e Elba foram, respectivamente, publicitária e professora e assim, enquanto Paula é mais afoita, dinâmica e está sempre com mil ideias e se atirando em novos projetos, Elba é a voz da razão da dupla. Mais introvertida, com um jeito até meio bravo, é Elba que traz Paula para o mundo real, que aponta as dificuldades, que enxerga os detalhes, que analisa as minúcias. 

E é isso que faz o trabalho delas tão especial. A harmonia do lúdico, do ousado, do criativo, combinado com trabalho duro de pesquisa, de muito estudo, de um cansativo garimpo de material e de uma verdadeira obsessão por detalhes e pela excelência do trabalho final.

E em projeto familiar como esse, todo mundo acaba participando. Guilherme, o marido/pai, fica incumbido de montar os suportes para as obras, e Juca, o filho/neto de quatro patas, bem, esse só descansa mesmo e aguarda pacientemente o fim do expediente.

Além de seus projetos próprios, Paula e Elba ainda realizam workshops para quem quer aprender a técnica e criar sua própria obra de arte ou simplesmente passar um dia super agradável, em família, criando, exercitando a imaginação e se divertindo ao lado dessas talentosas artistas.

Você pode acompanhar o trabalho de Elba e Paula através de suas redes sociais (Facebook e Instagram).

Para adquirir uma de suas peças, participar de um workshop ou simplesmente marcar uma visita ao ateliê, é só enviar uma mensagem através das redes sociais do ateliê La Rochel Cerâmicas e Mosaicos.


Picassiette: Acredita-se que esta forma de arte tenha sido introduzida pelo francês Raymond Isadore. No final da década de 1930, o varredor de ruas começou a juntar pedaços de cerâmica e louças, que ele encontrava nas ruas e em lixões perto de sua casa em Chartres, nos arredores de Paris, e usá-los para fazer mosaicos e cobrir o interior e o exterior de sua casa. Foi assim que Isadore ganhou o apelido de Picassiette. Para alguns, é uma combinação de Picasso e assiette (prato), o que significaria algo como ‘o Picasso dos pratos’. Segundo outros, o nome vem de ‘pique-assiette’, que pode ser traduzido como ‘rouba-pratos’ ou ‘quebra-pratos’. ‘Piqué’ também equivale a ‘meio louco’, de modo que a tradução poderia ser ‘louco dos pratos’. Hoje, a casa que Isadore levou 30 anos para completar é uma atração turística conhecida como “Maison Picassiette”