Criado entre a Califórnia, as montanhas dos Idaho e o rancho de seus avós no México, o decorador e viajante incurável Rodman Primack já morou em Madrid, Los Angeles, Lisboa, Tóquio, Londres, Boston e hoje se divide entre este apartamento pequeno de apenas um quarto em Nova York, uma casa em Miami e outra na Guatemala, país de origem de seu companheiro de mais de 15 anos, o produtor de TV Rudy Weissenberg.
Eu gosto de me mudar. A maioria das pessoas, que se deslocam muito, vive com poucas coisas, mas eu não. Costumo dizer que eu sou como um cigano, mas com um caminhão container.
Nesse seu pequeno lar nova-iorquino, Rodman deixou de lado todas as regras, que vivem incansavelmente sendo repetidas por alguns decoradores e revistas de decoração quando se trata de espaços pequenos: cores neutras, poucos móveis, poucos quadros, poucos tapetes, nada de bugigangas… e resolveu arriscar e ousar colocando tudo, mas tudo mesmo, que expressasse sua personalidade, seu gosto pessoal e que o trouxesse boas memórias de suas muitas viagens. O que inicialmente poderia parecer uma mistura surreal tornou-se, na verdade, um espaço acolhedor e cheio de vida.
Com muita sabedoria, talento e uma grande disposição para correr riscos, Rodman usou uma abundância de tecidos coloridos, almofadas estampadas, objetos de várias partes do mundo, muitos livros e obras de arte interessantes e não teve nem um pouquinho de receio de colocar na sua sala um gnomo sentado na lareira e nem um impressionante pavão empalhado de 2 metros de altura.
O pavão nós compramos na Deyrolle em Paris e demos a ele o nome de Francis. Nós gostamos de dar nome a tudo.
Não ter medo de correr riscos valeu à pena! O resultado é deslumbrante.
E vejam só na parede do quarto o Juju Hat, do qual eu já falei neste post.
Fonte: AD Spain