Simplificando o Natal

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Depois de muitas mudanças de país, de cidade, de casa, depois de morar por um tempo num minúsculo apartamento, depois das minhas filhas terem crescido e depois de eu ter me cansado de todos os anos brigar com meu marido para ele montar e depois desmontar a árvore, eu desisti de ter uma tradicional árvore de natal na minha casa.

Todo o trabalho simplesmente não vale mais a pena para nós. Continuo achando lindo, mas na casa dos outros.

Até entendo a preguiça e implicância do meu marido no que diz respeito às tradicionais árvores de natal. Durante os primeiros 15 anos de nosso casamento, quando ainda morávamos na Alemanha, todo ano era a mesma rotina: comprar a árvore (na Alemanha se usa pinheiro de verdade), prender em cima do carro, transportar e carregar nas costas por 4 andares (sempre moramos no 4º andar de casas antigas, ou seja, sem elevador), montar e pendurar as luzinhas (nunca foi obrigação minha, tenho horror àqueles fiozinhos, emaranhou um, eu jogo contra a parede), viver limpando os montes de folhinhas/agulhinhas que, por ser a árvore natural, caem depois de algum tempo de cortada e se fixam no carpete e espetam o pé de quem gosta de andar de meia em casa, como nós. E, depois de tudo isso, passado o natal, descer os 4 andares com a árvore nas costas para colocar na rua e o lixeiro levar. Detalhe: depois de um mês e pouco de cortada, as tais folhinhas/agulhinhas praticamente não grudam mais na árvore, aí você (o marido) desce os 4 andares com a árvore nas costas e pode depois limpar os 4 lances de escada (nós). Realmente não dá pra ficar com raiva do meu marido por ele ter um ataque quando falo em árvore de natal: fazer isso por 15 anos sem reclamar (muito) o deixou com crédito por outros 15, pelo menos.



Bem, nossa realidade agora é outra, não temos mais filhos pequenos, que se encantam com aquela coisa linda, iluminada e quase mágica na sala e cujos olhinhos brilhantes nos faziam esquecer todo o trabalho (pelo menos até a próxima chuva de folhinhas/agulhinhas no carpete). Agora nossa opção (ou minha, meu marido ainda não se livrou do “trauma”) é por arranjos de natal.

Isso mesmo, arranjos que deixem a casa num clima natalino, mas que sejam simples, fáceis de comprar, carregar, montar, e principalmente, de se desfazer depois. Enfeites que façam efeito e que depois possam ser guardados numa gaveta (numa única). Arranjos feitos com materiais e objetos que qualquer um tem em casa, que precisam só de uma arrumação adequada, de uma lata de tinta spray, umas velas, umas fitas, um pouquinho de cuidado e dedicação e que deixem a casa com cara de natal. Afinal, natal é isso pra gente: um momento gostoso, em companhia (ou não) da família, amigos, sem stress, sem ostentação, simplesmente uma época do ano para se ter um motivo para enfeitar a casa.

E é com isso em mente que vou atrás de ideias e inspirações.

 

 

 

Imagens: Plough Your Own Furrow / The Inspired Room / Casa Très Chic / Vibeke Design / Pinterest